O joão-de-barro, artífice de escol,
Para o trabalho vai, sempre faceiro,
O mesmo, de arrebol em arrebol,
E talvez o mais prático engenheiro.
O bico que alimenta, o barro amassa
Em meio a tão sonoras gargalhadas!
Tudo com calma, nada o embaraça
Ao modelar a casa arquitetada.
Nesse ritmo, trabalha satisfeito
Com evidente esmero, e agradável
Quer vente, faça sol ou longo frio.
Muitas vezes eu penso que é perfeito
Modelo de operário responsável,
Personagem legal, de muito brio.